A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) realizou, na tarde da quinta-feira (30), em parceria com a Secretaria Municipal da Reparação (Semur), o workshop "Consciência Negra Todos os Dias". O evento, realizado no Doca 1, situado no bairro do Comércio, encerrou as atividades do mês da consciência negra, promovendo a palestra do Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI).

O PCRI é coordenado pela Semur e busca combater o racismo institucional, promovendo a igualdade racial em órgãos municipais. O encontro contou com as palestras da secretária da Semur, Ivete Sacramento; da coordenadora do PCRI, Oilda Rejane; e do titular de Seinfra, Luiz Carlos de Souza.

A secretária Ivete Sacramento destacou a importância da qualificação de todos os funcionários municipais, visando tornar todos antirracistas. "Porque combater o racismo é um dever de todos nós, seja ele branco, negro ou indígena", disse.

"Nós não devemos, de forma alguma, tolerar o racismo, principalmente em uma cidade como Salvador, onde temos 82% da população negra. Nós não podemos admitir que os serviços da Prefeitura de Salvador espelhem qualquer ato de racismo", acrescentou Ivete.

Oilda Rejane salientou que o workshop visa instrumentalizar os colaboradores da Seinfra no enfrentamento ao racismo institucional. "O PCRI realizou na terça (28) um grande encontro com colaboradores de todos os órgãos, mas ao longo do ano são realizadas atividades relacionadas ao programa, que tem um plano municipal de combate ao racismo institucional, e está na legislação, no Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa de Salvador", disse.

O secretário da Seinfra enfatizou a relevância do debate sobre o respeito às pessoas e o combate ao racismo institucional. Ele ressaltou que fez questão que o workshop fosse realizado durante o horário de expediente, sinalizando a importância do tema.

"Estamos em pleno século 21, e, infelizmente, ainda estamos presenciando atos de racismo, de intolerância, e não tem como vencer isso se não for através do diálogo. Então convidamos a Semur, que é a pasta responsável por isso, para falar sobre os pontos, sobre como se comete o racismo e como se evitar", ressaltou Luiz Carlos.